O Dr. Jarbas Barbosa, brasileiro, foi eleito Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), por seus Estados Membros, durante a 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana, no dia 28 de setembro de 2022.
De julho de 2017 até sua nomeação como Diretor, atuou como Subdiretor da OPAS, liderando cinco departamentos técnicos e o Fundo Rotativo – um programa especial para aumentar o acesso equitativo à vacinas na região.
Durante a pandemia de COVID-19 liderou os esforços da Organização para apoiar os Estados Membros na redução do impacto da emergência em programas prioritários de saúde pública. Também liderou a força-tarefa da OPAS para a vacinação contra a COVID-19 nas Américas e lançou uma plataforma para expandir a produção de vacinas de mRNA na América Latina e no Caribe, a fim de reduzir a dependência da região de importações em futuras emergências de saúde.
Formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco, em Recife. Especializou-se em Saúde Pública e Epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e é mestre em Ciências Médicas e doutor em Saúde Pública pela Universidade de Campinas (Unicamp), em São Paulo.
Iniciou sua carreira profissional em 1982 trabalhando para a Secretaria de Estado da Saúde de Pernambuco, onde posteriormente foi nomeado Coordenador do Programa de Doenças Sexualmente Transmissíveis e HIV/Aids.
De 1997 a 2003, foi diretor do Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI), em Brasília – um órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Em 2003, foi nomeado Secretário de Vigilância em Saúde e, em 2006, Secretário Executivo do Ministério da Saúde.
Ingressou na OPAS em 2007 como Gerente da Área de Vigilância Sanitária e Atenção a Doenças, onde foi responsável pela coordenação de atividades regionais relacionadas à vigilância, prevenção e controle de doenças transmissíveis e não transmissíveis, saúde pública veterinária e análise e estatísticas de saúde. Ocupou essa função até retornar ao Brasil, em abril de 2010.
Em 2011, foi nomeado pela segunda vez Secretário de Vigilância em Saúde e, em 2015, Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde do Brasil.
De julho de 2015 a de julho de 2018, foi Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), onde modernizou a regulamentação de medicamentos e produtos para a saúde e fortaleceu a cooperação e a integração com outros mecanismos regulatórios regionais e globais. Sob sua gestão, a ANVISA tornou-se a primeira agência da América Latina a aderir ao Conselho Internacional para Harmonização de Requisitos Técnicos para Medicamentos de Uso Humano (ICH, na sigla em inglês).
Participou de reuniões dos órgãos diretores da OPAS e da OMS como membro da delegação brasileira, foi Presidente do Comitê Executivo da OPAS em 2013 e 2014 e Vice-Presidente do Conselho Executivo da OMS em 2014 e 2015. Além disso, foi membro de vários comitês e grupos de trabalho internacionais, como o Grupo de Coordenação Interagencial das Nações Unidas sobre Resistência Antimicrobiana (IACG, na sigla em inglês) e o Grupo Consultivo sobre o Quadro de Preparação para a Pandemia de Influenza, no qual atuou como membro e presidente em 2016.
Publicou vários artigos sobre saúde global, gestão de sistemas de saúde, vigilância de doenças e prevenção e resposta a surtos e epidemias. Discursou em mais de 250 eventos e foi um importante porta-voz da OPAS durante a pandemia de COVID-19.