OPAS premia Campeões contra Malária nas Américas em 2021 e lança Guia de Ação Multissetorial para apoiar luta contra doença

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Municípios da Guatemala e do Peru são reconhecidos por esforços sustentados contra a malária, apesar da pandemia de COVID-19

Washington, DC, 5 de novembro de 2021 (OPAS) - Os municípios de La Gomera na Guatemala e Andoas no Peru receberam nesta sexta-feira (5) o prêmio Campeões contra Malária nas Américas 2021, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), por seu trabalho na redução sustentada dos casos de malária nos últimos quatro anos.

Os prêmios foram entregues durante um fórum da OPAS para marcar o Dia da Malária nas Américas, que ocorre em 6 de novembro. Durante o evento virtual, a OPAS e seus parceiros também lançaram a publicação “Multisectoral Action Guide to End Malaria” para a região das Américas. O guia - desenvolvido pela Roll Back Malaria Initiative e lançado globalmente em junho deste ano - visa apoiar os países no trabalho em vários setores para eliminar a doença até 2030.

O prêmio Campeões contra a Malária nas Américas reconhece os esforços inovadores que contribuem significativamente para a redução da transmissão da doença em comunidades, países ou na região.

La Gomera ganhou o prêmio por seus esforços para garantir o acesso ao diagnóstico e tratamento imediato da malária, contribuindo para um declínio constante nos casos e nas taxas de transmissão. Andoas foi citado por sua implementação constante do Plano Malaria Cero, incluindo extensa capacitação entre os trabalhadores comunitários de saúde.

“O trabalho desses campeões locais é uma lição de resiliência. Eles demonstraram que, apesar dos desafios de uma pandemia, é possível avançar com a agenda de eliminação da malária”, afirmou durante o evento Marcos Espinal, diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis e Determinantes Ambientais da Saúde da OPAS.

O prêmio é um esforço colaborativo entre a OPAS, Fundação das Nações Unidas, Escola de Saúde Pública do Milken Institute da Universidade George Washington, Centro de Programas de Comunicação da Universidade Johns Hopkins, Universidade Internacional da Flórida e Sociedade Americana de Medicina e Saúde Tropical. Quarenta e dois premiados receberam a distinção desde que o prêmio foi concedido pela primeira vez, em 2009.

A malária é uma doença potencialmente fatal, causada por parasitas que são transmitidos às pessoas através da picada de mosquitos infectados. Nas Américas, 138 milhões de pessoas vivem em áreas de risco de malária.

Nas Américas, 18 países e territórios são atualmente certificados como livres da malária pela Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo os mais recentes Argentina, El Salvador e Paraguai.

No entanto, o progresso na eliminação da doença na região foi prejudicado por um aumento geral nos casos de malária nos últimos anos: 816 mil casos confirmados foram notificados em 2019 nas Américas, em comparação com 453 mil casos em 2015.

Referindo-se às orientações mais recentes, Espinal disse que os países devem consolidar esforços para reduzir a transmissão e eliminar a doença e que “a ação multissetorial é um elemento-chave nessa luta”.

“Eliminar a malária não é apenas uma agenda para o setor de saúde. Temos que garantir que o problema seja resolvido com a ajuda e participação de vários parceiros”, acrescentou.

O Dia da Malária nas Américas comemora as realizações dos países da região que estão se aproximando ou alcançando a eliminação da doença. O tema para 2021 é “Atingir a meta de malária zero”.