EpiSUS-Avançado: OPAS dá aula de comunicação de risco para alunos de epidemiologia de campo do Brasil, Cabo Verde e Guiné Bissau

Aula de comunicação de risco para os alunos do EpiSUS-Avançado
Karina Zambrana/OPAS/OMS
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Brasília, 27 de março de 2024 – A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) ministrou uma aula sobre comunicação de risco em saúde pública para alunos do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS no nível avançado (EpiSUS-Avançado), nesta terça-feira (26/03), na cidade de Brasília, no Brasil.

Participaram da capacitação 18 alunos, formados em biomedicina, ciências biológicas, fisioterapia, medicina veterinária, nutrição, odontologia e enfermagem. Dentre eles, há 16 profissionais do Brasil. Os outros dois são de Cabo Verde e Guiné Bissau.

Durante a aula, foram abordados conceitos e estratégias de comunicação de risco, com exemplos práticos, além de temas como a identificação adequada da audiência, análise de percepção de risco e vieses cognitivos, temas e características frequentes do negacionismo científico e boas práticas para elaboração de mensagens-chave, com base na ciência.

Os alunos também puderam aprender técnicas para ir direto ao ponto e definir o resultado de comunicação almejado, bem como métodos para desmentir informações falsas e desinformação, inclusive em contextos de infodemia.

Outro tema abordado foi a comunicação não-verbal, com exemplos de ações no terreno e de escolha de imagens para promover intervenções de saúde comprovadamente eficazes.

Foi apresentado ainda um panorama do uso das ferramentas de comunicação no Brasil, com exemplos de meios para divulgar informações e monitorar percepções de risco.

O objetivo da comunicação de risco é permitir que todas as pessoas que enfrentam algum tipo de ameaça à saúde possam tomar decisões bem-informadas para melhor protegerem a si mesmas, suas famílias e suas comunidades.

Epidemiologia de campo
 

O EpiSUS faz parte de uma rede internacional de programas de formação de recursos humanos em epidemiologia e foi implantado pelo Ministério da Saúde no Brasil no ano 2000. Desde então, mais de 3 mil epidemiologistas de campo já foram capacitados para atuar em situações que podem constituir ameaça à saúde pública, em qualquer área do Brasil e outros países e territórios.

O EpiSUS segue os pressupostos do Programa de Treinamento em Epidemiologia de Campo (Field Epidemiology Training Program – FETP) dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Atualmente, o programa possui três níveis: Fundamental, Intermediário e Avançado.

Fazem parte das atividades dos participantes do EpiSUS-Avançado: planejar e conduzir investigações e estudos epidemiológicos de surtos, epidemias e pandemias, de maneira a subsidiar a tomada de decisão dos gestores nas ações de prevenção e controle; contribuir para a difusão do conhecimento técnico-científico; atuar na preparação, vigilância e resposta às emergências em saúde pública, entre outras ações.