Evolução da Erradicação da Febre Aftosa nas Américas desde 1951

Vaca com o titulo: PANAFTOSA, compromisso com a erradicação da febre aftosa desde 1951

A febre aftosa continua sendo uma das doenças mais devastadoras da pecuária em nível global, devido ao seu alto poder de infecção e capacidade de adaptação. Os danos clínicos que provoca em várias espécies animais têm um impacto significativo no bem-estar animal e na economia dos povos das Américas, principalmente devido às restrições comerciais impostas pelos serviços veterinários dos países importadores, que dificultam o acesso aos mercados, com graves consequências socioeconômicas e para a segurança alimentar.

Na América do Sul, após sua introdução no século XIX, a febre aftosa tornou-se endêmica em praticamente todo o território. A introdução da doença no Canadá (1949) e no México (1950) gerou preocupação regional, o que levou à criação do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA/SPV-OPAS/OMS) em 1951, por meio de um acordo entre a Secretaria Sanitária Pan-Americana, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Governo do Brasil, sendo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) designada como entidade responsável.

Desde a sua criação, o Centro tem prestado cooperação técnica aos países, gerando conhecimentos e ferramentas que apoiam as ações de controle da doença — com destaque para o desenvolvimento de vacinas e métodos de diagnóstico, o estabelecimento da rede sul-americana de laboratórios de diagnóstico e a caracterização epidemiológica dos ecossistemas da doença relacionados aos sistemas de produção bovina. Isso tem sido realizado juntamente com um amplo programa de capacitação e desenvolvimento de recursos humanos, principalmente nos serviços veterinários dos países.