Substâncias Psicoativas e Saúde Pública nas Américas: Detecção Precoce e Abordagem do Uso de Substâncias Psicoativas

Substâncias Psicoativas e Saúde Pública nas Américas: Detecção Precoce e Abordagem do Uso de Substâncias Psicoativas
Substâncias Psicoativas
 
 

Objectivo

 
Apresentar as evidências epidemiológicas mais recentes sobre a carga de doença atribuível ao uso de substâncias psicoativas nas Américas e fortalecer as capacidades dos países da Região para seu enfrentamento na atenção primária à saúde, por meio da implementação de ferramentas validadas como o ASSIST e o AUDIT.
 

Como Participar?

 
Data: 11 de dezembro de 2025
Link: https://paho-org.zoom.us/webinar/register/WN_2uW0y5FbTbmlBFzAbfpdlg
Idiomas: Espanhol, inglês e português (com interpretação simultânea)
Horário: 12:00 – 13:30 (horário de Washington, D.C.)
 

Agenda

 
Moderador
Leonardo García (Consultor Internacional em Uso de Álcool e Substâncias Psicoativas, OPAS)
 
Abertura e Boas-vindas
Renato Oliveira (Chefe, Unidade de Saúde Mental, Álcool e Substâncias Psicoativas, OPAS)
 
Conferência
Uso de Substâncias Psicoativas e Saúde Pública nas Américas
Raúl Martín del Campo (Assessor em Álcool e Substâncias Psicoativas, OPAS)
 
Conferência
A Evidência por Trás do AUDIT e do ASSIST como Ferramentas de Saúde Pública
Thomas Babor (Professor, Public Health Sciences)
 
Painel e Debate
Avanços e Boas Práticas na Abordagem do Uso de Substâncias na Atenção Primária à Saúde
Moderador: Raúl Martín del Campo
Miguel Ángel Hinojosa (Ministério da Saúde do Peru) 
Nubia Bautista e Silvia Galvis (Ministério da Saúde da Colômbia)
 
Apresentação
Atualização dos Cursos AUDIT e ASSIST no CVSP
Marcela Tiburcio (Instituto Nacional de Psiquiatria Ramón de la Fuente Muñiz)
 
Conclusões e Encerramento
Raúl Martín del Campo (Assessor em Álcool e Substâncias Psicoativas, OPAS)

Contexto

 
O uso de álcool e outras substâncias psicoativas representa uma ameaça crescente para a saúde pública global e regional. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2024) e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (2025), mais de 400 milhões de pessoas no mundo vivem com um transtorno por uso de substâncias, e 316 milhões usaram alguma substância psicoativa no último ano. Na Região das Américas, os transtornos mentais e por uso de substâncias respondem por aproximadamente 16% dos anos de vida saudável perdidos, com um aumento de 179% nas mortes relacionadas entre 2000 e 2019 (Organização Mundial da Saúde, 2024; Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, 2025; Organização Pan-Americana da Saúde, 2025).
 
O impacto do uso de substâncias é particularmente evidente entre jovens e homens adultos, e as desigualdades sociais amplificam essa carga de doença. O álcool causa mais de 2,6 milhões de mortes por ano no mundo, enquanto as mortes por opioides sintéticos, como o fentanil, ultrapassam 48 mil anuais somente nos Estados Unidos, com tendências semelhantes observadas no Canadá e no México. Na Região, a expansão dos mercados de cocaína e metanfetamina reforça a urgência de fortalecer a detecção precoce e as intervenções breves no âmbito da atenção primária.
 
Em consonância com o chamado da OMS para transformar a saúde mental por meio da integração de serviços comunitários e da atenção primária, o enfrentamento do uso de substâncias deve ser entendido como parte essencial do cuidado integral em saúde mental e física. Essa integração contribui para reduzir o estigma, prevenir incapacidades e garantir uma atenção centrada na pessoa e baseada em direitos humanos (OMS, 2022).
 
Nesse contexto, ferramentas como o AUDIT e o ASSIST  desenvolvidas pela OMS e implementadas em diversos países da Região consolidam-se como estratégias custo-efetivas para reduzir danos e diminuir a lacuna de tratamento, que ainda supera 90% entre pessoas com transtornos por uso de substâncias (Organização Mundial da Saúde, 2024; Organização Pan-Americana da Saúde, 2025).
 
O presente webinário busca integrar as evidências epidemiológicas mais recentes sobre o impacto do uso de substâncias psicoativas e fortalecer as capacidades técnicas dos países da Região das Américas para a detecção precoce, o rastreamento sistemático e as intervenções breves, promovendo respostas baseadas em evidências e centradas na atenção primária.