Histórico da emergência internacional de COVID-19

Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. Tratava-se de uma nova cepa (tipo) de coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos.

Uma semana depois, em 7 de janeiro de 2020, as autoridades chinesas confirmaram que haviam identificado um novo tipo de coronavírus.

Ao todo, sete coronavírus humanos (HCoVs) já foram identificados: HCoV-229E, HCoV-OC43, HCoV-NL63, HCoV-HKU1, SARS-COV (que causa síndrome respiratória aguda grave), MERS-COV (que causa síndrome respiratória do Oriente Médio) e o mais recente SARS-CoV-2 (que no início ficou conhecido como “novo coronavírus”). A doença causada pelo SARS-CoV-2 foi nomeada COVID-19.

Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou que o surto desse novo coronavírus constituía uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005). Essa decisão buscava aprimorar a coordenação, a cooperação e a solidariedade global para interromper a propagação do vírus.

Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia, devido à ampla distribuição geográfica da doença no mundo.

Em 5 de maio de 2023, a OMS declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à COVID-19. A decisão foi tomada pelo diretor-geral da OMS após receber a recomendação do Comitê de Emergência encarregado de analisar periodicamente o cenário da doença.

Em sessão deliberativa do Comitê, os membros destacaram a tendência de queda nas mortes por COVID-19, o declínio nas hospitalizações e internações em unidades de terapia intensiva relacionadas à doença, bem como os altos níveis de imunidade da população ao SARS-CoV-2, coronavírus causador dessa enfermidade.

Desde 31 de dezembro de 2019, a OMS trabalhou com especialistas de todas as regiões do mundo para aprender mais sobre o vírus, como ele afetava as pessoas, como poderiam ser tratadas e o que os países poderiam fazer para dar resposta aos casos de COVID-19.

Ao longo de todo o período, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) também prestou apoio técnico aos países das Américas, sempre recomendando manter o sistema de vigilância alerta, preparado para detectar, isolar e cuidar precocemente de pacientes afetados pelo coronavírus.

Mesmo com o anúncio, em maio de 2023, do fim da fase de emergência internacional da COVID-19 é importante ressaltar que essa doença continua sendo uma ameaça à saúde.

Por isso, é essencial que sejam tomadas medidas para preveni-la, inclusive com a manutenção da vacinação contra COVID-19 em dia, de modo a garantir um futuro mais saudável e sustentável para todas as pessoas.