OPAS lança aplicativo gratuito com dados sobre o Mais Médicos

OPAS lança aplicativo gratuito com dados sobre o Mais Médicos

Sistema Integrado de Informação Mais Médicos (SIMM)

15 de dezembro de 2017 – Já está disponível para computador, tablet ou celular o aplicativo gratuito “Sistema Integrado de Informação Mais Médicos (SIMM)”. Essa ferramenta foi criada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para juntar os principais bancos de dados do Projeto Mais Médicos para o Brasil e pode ser usada por qualquer cidadão.

O SIMM traz um panorama sobre os médicos e os municípios que fazem parte da cooperação técnica entre Brasil, Cuba e OPAS (incluindo uma linha do tempo desde 2013), além de informações sobre os ciclos formativos (para aperfeiçoamento dos profissionais do Mais Médicos, em uma perspectiva de educação permanente).

O aplicativo também conta com fotos, vídeos, notícias, links de interesse e informações gerais sobre o programa. Há ainda uma área com estudos, pesquisas de opinião, resultados e outras evidências científicas sobre o Mais Médicos, que demonstram, entre outras coisas, como o programa tem ajudado a aumentar o número de consultas e a reduzir os índices de mortalidade materna e infantil.

Essa nova ferramenta, que ajuda a OPAS e as autoridades nacionais e locais no monitoramento e avaliação do projeto de cooperação técnica, reafirma o compromisso do organismo internacional com a transparência dos dados e informações obtidas. O aplicativo está disponível em português, espanhol e inglês.

Como acessar 

Via celular ou tablet: buscar “SIMM Mais Médicos” ou “Sistema Integrado de Informação Mais Médicos” na Google Play (Android) ou na App Store (Apple).

Via computador: https://simm.campusvirtualsp.org/pt-br

Resultados do Mais Médicos

No primeiro ano do Mais Médicos a cobertura de atenção básica de saúde aumentou de 10,8% para 24,6%. Em relação à toda a Estratégia de Saúde da Família (incluindo Mais Médicos), a cobertura populacional cresceu de 62,7% para 70,4% no mesmo período.

Em dois anos (janeiro de 2013 – janeiro de 2015), o número de consultas médicas na Estratégia de Saúde da Família aumentou 33% nos municípios que participaram do Programa Mais Médicos. Já naqueles que não estavam no programa, o aumento foi de menos da metade: 15%.

Além disso, uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), mostrou que 94% dos 14 mil entrevistados disseram estar satisfeitos com os médicos do programa.

A publicação “Good Practices in South-South and Triangular Cooperation for Sustainable Development”, desenvolvida pelo Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), apresentou o Mais Médicos como uma das boas práticas relevantes para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), destacando que o programa “é replicável e seria potencialmente benéfico em qualquer país que decidisse adotá-lo”.

Cooperação técnica

O programa Mais Médicos foi criado em 2013 pelo Governo Federal brasileiro, tendo como um dos objetivos suprir a carência desses profissionais nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades. A Organização Pan-Americana da Saúde coopera tecnicamente com a iniciativa, triangulando acordos entre Brasil e Cuba, que permitem a vinda de médicos cubanos para atuar em Unidades Básicas de Saúde, no setor de Atenção Básica do Sistema Único de Saúde brasileiro.

Principais ações da OPAS no âmbito do Mais Médicos:

  • Apoia o Brasil no fortalecimento da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de ampliar a cobertura da rede de serviços e o acesso da população às ações previstas;
  • Coopera com a mobilização de médicos cubanos para promover a ampliação do acesso às ações de saúde da atenção básica no Brasil;
  • Apoia as estratégias de planejamento e desenvolvimento de ações para o atendimento das necessidades de saúde de populações específicas;
  • Promove o intercâmbio nacional e internacional de conhecimentos e experiências inovadoras para a atenção básica em saúde;
  • Realiza ações de monitoramento e avaliação dos resultados e impactos do programa, bem como na gestão e divulgação dos conhecimentos gerados pela iniciativa.
  • Promove ações voltadas à inovação, gestão do conhecimento e qualificação dos novos cursos de medicina adequados às necessidades da saúde da população brasileira, criados a partir do programa Mais Médicos, no âmbito das Universidades Federais;
  • Colabora para o aperfeiçoamento do Sistema de Informação da Atenção Básica e fortalecimento da gestão do conhecimento;
  • Promove a qualificação profissional de médicos por meio de ações de formação em serviços de atenção básica do SUS;
  • Identifica e estabelece parcerias com instituições de pesquisa para avaliação do impacto do projeto sobre os indicadores de saúde da população;
  • Apoia a identificação e sistematização da produção científica nacional e internacional sobre o Mais Médicos;
  • Sistematiza, produz conhecimentos e dá visibilidade a experiências e boas práticas relativas ao programa;
  • Fomenta e fortalece o intercâmbio e a cooperação técnica nacional e internacional, especialmente no âmbito da cooperação sul-sul.