Para gerar essas estimativas, pontos georreferenciados de unidades de atenção primária foram extraídos da Lista Mestra de unidades de saúde. Buffers concêntricos de 500, 1.000, 1.500 e 2.000 metros foram traçados ao redor de cada ponto para simular áreas de influência com base em distâncias lineares. Essas zonas foram mescladas para eliminar sobreposições e garantir que cada área representasse uma zona de cobertura exclusiva. Cada polígono resultante foi então vinculado à unidade de saúde mais próxima para garantir uma relação clara entre a população estimada e o ponto de atendimento correspondente.
Em seguida, camadas populacionais dasimétricas de alta resolução do WorldPop 2020, que fornecem estimativas por sexo e faixas etárias quinquenais, foram utilizadas para calcular a população dentro de cada área de cobertura. Esse cálculo empregou uma técnica de extração espacial exata, levando em consideração a proporção de cada célula raster sobreposta ao polígono de influência para obter estimativas populacionais altamente precisas.
O resultado é um banco de dados robusto, composto por atributos demográficos e administrativos, oferecendo uma ferramenta essencial para avaliar a equidade geográfica no acesso à atenção primária. A visualização dessas estimativas em múltiplas dimensões territoriais e demográficas permite a identificação de lacunas de cobertura, apoia a priorização de intervenções e informa o planejamento e a alocação de recursos. Além disso, a integração desses dados com indicadores epidemiológicos e socioeconômicos abre oportunidades para análises espaciais mais avançadas, como modelagem de acessibilidade ou identificação de áreas que necessitam urgentemente de expansão da rede.