OPAS e Maranhão reforçam ações para reduzir mortalidade materna e infantil no estado

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11 de abril de 2019 – A Organização Pan-Americana da Saúde e o governo do Maranhão deram, juntos, mais um passo em direção ao fortalecimento das ações para a redução da mortalidade materna e infantil. Nesta quinta-feira (11), o estado inaugurou na Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão a “Sala CUIDAR”, uma rede de atenção às urgências e emergências obstétricas que atenderá todos os municípios do estado.

Desenhada com apoio da OPAS, a “Sala Cuidar” funcionará em tempo integral e contará com profissionais de saúde aptos a oferecer apoio técnico para o diagnóstico, manejo e tomada de decisão durante emergências obstétricas.“Temos uma equipe que trabalhará 24 horas por dia, com todos os protocolos assinados e feitos juntamente com a OPAS, baseados nas melhores evidências científicas do mundo”, afirmou Carlos Lula, secretário de Saúde do estado.

A Regional de Saúde de Balsas, área que engloba 14 municípios do sul do Maranhão, conquistou recentemente a marca histórica de zero morte materna por mais de 400 dias. O avanço foi alcançado graças à cooperação técnica entre a Secretaria de Saúde do estado, municípios envolvidos, OPAS e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). “Em 2015, Balsas tinha os piores índices de mortalidade materna do estado. O que temos hoje é o resultado de um trabalho feito ‘de mãos dadas’”, ressaltou o secretário municipal de saúde de Balsas, Luiz Flavio Coelho.

Após os resultados positivos da cooperação técnica, segundo Lula, a redução da mortalidade materna e infantil se tornou uma política de estado. “Precisamos reduzir esses indicadores e ser exemplo para o Brasil, mostrando que é possível reduzir a mortalidade materna e ter zero mortalidade infantil”, complementou.

Suzanne Serruya, diretora do Centro Latino-Americano para Perinatologia – Saúde das Mulheres e Reprodutiva (CLAP/SMR), afirmou que não há uma fórmula mágica para reduzir a mortalidade materna e infantil, mas que hoje a ciência tem as respostas necessárias para que essa meta seja alcançada.“Temos evidências suficientes para ajudar nos momentos críticos da atenção. Sabemos que a morte de mulheres muitas vezes é uma sucessão de pequenos erros em momentos chaves”, disse.

Segundo Haydée Padilla, coordenadora da Unidade de Família, Gênero e Curso de Vida da OPAS/OMS no Brasil, os resultados obtidos no Maranhão só foram possíveis pela combinação de três pontos estratégicos: “decisão política, capacidade técnica e disponibilidade de recursos financeiros”. Para ela, essa é a equação necessária para uma tomada de decisão benéfica para toda a população.

Crédito da foto: Julyane Galvão/Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão

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