A fim de manter a eliminação do tétano materno e neonatal, o foco está deixando de ser primariamente a vacinação de mulheres durante a gravidez para se tornar uma estratégia mais abrangente. A OPAS/OMS agora recomenda que os países reforcem o calendário de vacinação de rotina de todas as crianças e adolescentes, com três doses no primeiro ano de vida e doses de reforço subsequentes com intervalos específicos. Essa abordagem garante proteção individual de longo prazo contra o tétano e depende menos da assistência pré-natal como única via exclusiva de vacinação. Alcançar e manter a eliminação do tétano materno e neonatal requer uma abordagem em duas frentes. Primeiro, deve haver programas robustos de vacinação de rotina para que cada pessoa receba o esquema vacinal completo contra o tétano. Segundo, realizar uma vigilância epidemiológica criteriosa porque é fundamental detectar potenciais riscos de ressurgimento do tétano e intervir prontamente nestes cenários. O monitoramento ativo inclui a avaliação da situação da vacinação, em diversos serviços de saúde, como na assistência pré-natal, nas maternidades e nas campanhas de vacinação. Para alcançar a equidade na prevenção de doenças, é essencial integrar a manutenção da eliminação do tétano materno e neonatal ao plano de ação plurianual de imunização de cada país. Essa abordagem abrangente engloba programas de vacinação para todas as faixas etárias, evita o reinício desnecessário do esquema vacinal e avalia com regularidade o impacto das estratégias implementadas. Além disso, análises anuais dos dados e avaliações periódicas garantem que o progresso seja contínuo e permitem abordar vulnerabilidades no desempenho dos programas, sobretudo nas áreas que enfrentam dificuldades. Com essa atitude proativa, os países podem consolidar seu status de eliminação do tétano materno e neonatal e contribuir para um futuro mais saudável para todas as pessoas. Destaca-se a promoção de práticas de parto asséptico, aliadas a cuidados higiênicos após o nascimento, como forma de reduzir os riscos de tétano e as causas de mortalidade perinatal. De modo geral, a recomendação urgente é assegurar o acesso imediato de todas as gestantes e recém-nascidos a atenção por pessoal de saúde qualificado, com diretrizes específicas para práticas de parto asséptico e cuidados com o coto umbilical. |