Visão geralA vigilância e o monitoramento das doenças não transmissíveis (DNT) e de seus fatores de risco são essenciais para embasar as políticas de saúde pública baseadas em evidências, abordar as iniquidades em saúde e promover o progresso na consecução das metas globais e regionais. Ao acompanhar as tendências das DNT e de seus fatores de risco modificáveis, como o consumo de tabaco, má alimentação, a inatividade física, o consumo nocivo de álcool e a poluição do ar, juntamente com os fatores de risco biológicos, como o excesso de peso e a obesidade, a pressão arterial elevada (hipertensão arterial) e a hiperglicemia (diabetes), os responsáveis pelas políticas podem reconhecer ameaças emergentes e alocar recursos de maneira eficiente e direcionada às populações em situação de vulnerabilidade. Esta publicação apresenta dados sobre a mortalidade por DNT e por suicídio, juntamente com as tendências por sexo, na Região das Américas e nos 35 Estados Membros da Organização Pan-Americana da Saúde, no período de 2000 a 2021. Também se destaca o progresso em relação às metas globais sobre DNT para 2025. Embora o número de mortes relacionadas às DNT na Região tenha aumentado para 6 milhões em 2021, a taxa de mortalidade por DNT padronizada por idade diminuiu 16,2%, o que reflete também o impacto do crescimento e do envelhecimento da população. No entanto, a mortalidade prematura por DNT diminuiu apenas 0,71% ao ano entre 2010 e 2021, muito abaixo da redução anual de 1,92% necessária para cumprir a meta estabelecida para 2025. Entre os fatores de risco modificáveis, o consumo de tabaco apresentou a diminuição mais notável entre 2000 e 2021, enquanto a atividade física insuficiente vem aumentando. Durante esse período, os riscos biológicos, entre os quais a hiperglicemia, o excesso de peso e a obesidade, mostraram tendências preocupantes de aumento. Para alcançar as metas globais e regionais sobre DNT e melhorar a saúde da população na Região das Américas, os países devem priorizar intervenções custo-efetivas para reduzir a mortalidade por DNT e enfrentar esses desafios persistentes. |