Seminário da OPAS com participação do Brasil discute avanços e desafios da saúde universal nas Américas

Policlínica na Bahia
OPAS/OMS/Karina Zambrana
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Brasília, 1º de julho de 2025 – Com o objetivo de promover o diálogo regional sobre estratégias eficazes para alcançar a saúde universal nas Américas, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) realizou, nesta terça-feira (1/07), o seminário virtual “Saúde Universal nas Américas: enfrentar as necessidades não atendidas de atenção à saúde por meio da Atenção Primária à Saúde”. O evento foi moderado por Cristian Morales, representante da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil.

O seminário teve como base o relatório recentemente lançado pela OPAS, “Avanços rumo à saúde universal na Região das Américas”, que analisa três indicadores fundamentais para avaliar o progresso na região: as necessidades não atendidas de atenção à saúde, a cobertura de serviços essenciais e a proteção financeira. Em seu discurso de abertura, Cristian Morales destacou que, embora muitas pessoas ainda enfrentem barreiras no acesso a serviços de saúde de qualidade, o informe demonstra que o progresso é possível. “Quando os países colaboram, aprendem entre si e priorizam uma atenção primária forte, nos aproximamos cada vez mais de garantir saúde para todas e todos”, afirmou.

Durante o painel “Necessidades não atendidas de atenção à saúde e soluções específicas para cada contexto”, o secretário-executivo do Ministério da Saúde do Brasil, Adriano Massuda, enfatizou que o país atua em quatro frentes estratégicas apontadas pelo relatório da OPAS: fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS), melhoria da governança, uso de indicadores para gestão e redução de barreiras ao acesso.

“O reforço à atenção primária à saúde está no centro da nossa agenda. O Brasil construiu uma rede ampla e diversificada, mas sabemos que apenas isso não basta. Temos um território imenso que nos impõe o desafio de cobrir todas as áreas com estrutura, atendimento e profissionais”, destacou.

Massuda também mencionou iniciativas como os investimentos em teleatendimento e no uso de tecnologias digitais, que, além de otimizar o tempo, permitem ampliar a quantidade e a qualidade dos atendimentos prestados.

Outro ponto abordado pelo secretário-executivo foi o desafio assumido pelo país de reduzir o tempo de espera para a atenção especializada. Para enfrentá-lo, foi lançado recentemente o programa Agora Tem Especialistas, com foco em áreas prioritárias como câncer, doenças cardiovasculares, ortopedia, oftalmologia e saúde da mulher.

O seminário reforçou ainda o papel da cooperação entre países na superação de desafios comuns rumo à saúde universal na Região das Américas.

Também participaram do seminário Ernesto Báscolo, chefe da Unidade de Atenção Primária à Saúde e Prestação Integrada de Serviços da OPAS; James Macinko, professor de Política e Gestão da Saúde da Escola de Saúde Pública Fielding da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA); Rosel Navarro, oficial técnica de Proteção Financeira, Equidade e Pobreza da OMS; e James Fitzgerald, diretor do Departamento de Sistemas e Serviços de Saúde da OPAS.