Município de Campo Grande inicia uso do Método Wolbachia contra zika, dengue e chikungunya; OPAS faz acompanhamento técnico

Soltura de mosquitos com Wolbachia em Campo Grande
Soltura de mosquitos com Wolbachia em Campo Grande
Soltura de mosquitos com Wolbachia em Campo Grande

Brasília, 10 de dezembro de 2020 – O Ministério da Saúde do Brasil, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o World Mosquito Program e os governos do estado de Mato Grosso do Sul e do município de Campo Grande, inauguraram, nesta quinta-feira (10/12), a Biofábrica da Wolbachia instalada na sede do Laboratório Central do estado, localizado na capital. A inauguração acontece juntamente à soltura de mosquitos com a bactéria Wolbachia, que ajudarão no combate à dengue, zika e chikungunya na região.

A liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia no meio ambiente é uma técnica que tem sido implementada por diversos países, inclusive o Brasil, para impedir que o vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam no inseto. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) foi convidada para acompanhar tecnicamente esse projeto, que será implementado agora no município de Campo Grande e posteriormente expandido para outras localidades do país. Na semana passada, essa mesma parceria teve início no município de Petrolina, em Pernambuco.

Por meio do World Mosquito Program, conduzido no Brasil pela Fiocruz, a OPAS já havia feito neste ano a avaliação externa do Método Wolbachia na cidade de Niterói, estado no Rio de Janeiro. A análise apontou que a técnica contribuiu para um número de casos de chikungunya 75% menor quando comparadas as áreas do município onde foi feita a liberação de mosquitos com as que não fizeram. Só foi possível avaliar adequadamente a infecção por essa doença, porque neste ano houve baixo registro de circulação dos vírus da dengue e zika em Niterói.

A equipe da OPAS também constatou que o projeto é bem aceito pela população, gestores públicos e membros da comunidade. Essa é uma etapa importante, já que as liberações de mosquitos com a Wolbachia devem ser feitas com frequência, até que a bactéria se estabeleça no território.

Além de Niterói, Petrolina e Campo Grande, Belo Horizonte (no estado de Minas Gerais), Fortaleza (Ceará), Foz do Iguaçu (Paraná), Manaus (Amazonas) participam da iniciativa no país e estão em diferentes fases de implantação.

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