OMS anuncia proposta de membros para seu grupo consultivo científico para origens de novos patógenos

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Genebra, 13 de outubro de 2021 (OMS) – Após uma chamada pública para especialistas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quarta-feira (13) a proposta de membros do Scientific Advisory Group for the Origins of Novel Pathogens (SAGO) da OMS - grupo consultivo científico para origens de novos patógenos, em tradução livre. O Grupo aconselhará a OMS no desenvolvimento de uma estrutura global para definir e orientar estudos sobre as origens de patógenos emergentes e reemergentes de potencial epidêmico e pandêmico, incluindo SARS-CoV-2.

“O surgimento de novos vírus com potencial para desencadear epidemias e pandemias é um fato da natureza e, embora o SARS-CoV-2 seja o vírus mais recente, não será o último”, declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “Compreender de onde vêm os novos patógenos é essencial para prevenir futuros surtos com potencial epidêmico e pandêmico e requer uma ampla gama de conhecimentos. Estamos muito satisfeitos com o calibre de especialistas selecionados para o Grupo de todo o mundo e esperamos trabalhar com eles para tornar o mundo mais seguro.”

Selecionados entre mais de 700 aplicações, os 26 membros propostos para o Grupo têm experiência em uma variedade de áreas, incluindo epidemiologia, saúde animal, ecologia, medicina clínica, virologia, genômica, epidemiologia molecular, biologia molecular, biologia, segurança alimentar, biossegurança, biossegurança e saúde pública. A composição reflete a diversidade geográfica e de gênero.

Três dos selecionados são da Região das Américas: Carlos M. Morel, brasileiro, é diretor do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Ministério da Saúde no Brasil. Inger Damon, estadunidense, é diretora da Divisão de Patógenos e Patologia de Alta Consequência dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Maria Guzman, cubana, é diretora do Centro para Pesquisa, Diagnóstico e Referência do Instituto de Medicina Tropical Pedro Kouri, em Cuba.

De acordo com os processos da OMS, haverá agora um período de consulta pública de duas semanas para a Organização receber feedback sobre a proposta de membros para o Grupo e definir as modalidades para a primeira reunião, que está planejada para ocorrer após este período de consulta. A adesão final ao Grupo está sujeita ao período de consulta pública acima mencionado e às práticas e procedimentos relevantes da OMS.

Confira a lista com a proposta de membros para o Grupo

Termos de referência do Grupo

Funções do Grupo

Na sua qualidade de órgão consultivo da OMS, o Grupo de especialistas terá as seguintes funções:

1. Aconselhar a OMS sobre o desenvolvimento de uma estrutura global da OMS para definir e orientar estudos sobre as origens de patógenos emergentes e reemergentes de potencial epidêmico e pandêmico;

2. Aconselhar a OMS sobre a priorização de estudos e investigações de campo sobre as origens de patógenos emergentes e reemergentes de potencial epidêmico e pandêmico, de acordo com a estrutura global da OMS descrita no ponto (1) acima;
a. Fornecer informações e opiniões para auxiliar o Secretariado da OMS no desenvolvimento de um plano de trabalho detalhado do Grupo;
b. No contexto das origens do SARS-CoV-2:
Fornecer ao Secretariado da OMS uma avaliação independente de todas as descobertas científicas e técnicas disponíveis de estudos globais sobre as origens da SARS-CoV-2; aconselhar o Secretariado da OMS sobre o desenvolvimento, monitoramento e apoio à próxima série de estudos sobre as origens do SARS-CoV-2, incluindo aconselhamento rápido sobre os planos operacionais da OMS para implementar a próxima série de estudos globais sobre as origens do SARS-CoV-2, conforme descrito no Joint WHO-China Global Study of Origins of SARS-CoV-2: China Part, estudo publicado em 30 de março de 2021, e aconselhar sobre estudos adicionais conforme necessário; e
c. Para fornecer aconselhamento e apoio adicional à OMS, conforme solicitado pelo Secretariado do Grupo, que pode incluir a participação em futuras missões da OMS para estudar as origens do SARS-CoV-2 ou de outros patógenos emergentes.