OPAS publica versão em português de manual sobre segurança de veículos de duas e três rodas

egurança de veículos de duas e três rodas

17 de janeiro de 2019 – A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) traduziu para português a publicação “Segurança de veículos motorizados de duas e três rodas: um manual de segurança para gestores e profissionais da área”. Esse manual, feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), busca ajudar governos e sociedade civil na elaboração de planos, programas e outras iniciativas com base em evidências científicas.

Atualmente, a frota de veículos motorizados de duas e três rodas, como motos e motonetas, tem crescido rapidamente na maior parte do mundo, tornando-os um dos principais meios de transporte tanto de pessoas como de produtos em muitos países e atraindo uma população de usuários cada vez mais variada. Porém, essa modalidade de transporte, que envolve mais de 286 mil mortes a cada ano em escala mundial, ainda não recebe a atenção necessária.

Por isso, a publicação apresenta as maneiras de avaliar a segurança desses veículos em determinadas situações, os principais fatores de risco e as instruções para preparo de um plano de ação, além das formas de selecionar, projetar, implementar e avaliar intervenções eficazes.

Uma vez que enfatiza a importância de uma abordagem ampla e holística, o manual está focado em um público multidisciplinar – como engenheiros, formuladores de políticas, policiais, profissionais de saúde pública, educadores, entre outros.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para lesões causadas no trânsito com motocicletas são a direção sem capacete, a velocidade do veículo, o uso de álcool, o tráfego misto, a falta de proteção no veículo propriamente dito durante um incidente e a falta de infraestrutura segura, tais como uma superfície irregular e riscos na beira da estrada.

Relatório global

Em dezembro de 2018, a OMS divulgou um relatório indicando que as mortes no trânsito continuam aumentando, com um total anual de 1,35 milhão de mortes no mundo. O documento destaca que pedestres e ciclistas respondem por 26% de todos os óbitos no trânsito. Já os motociclistas e passageiros respondem por 28%.

Olhar da saúde

Também em dezembro do ano passado o escritório da OPAS/OMS no Brasil lançou a publicação “Trânsito: um olhar da saúde para o tema”, que traz um histórico sobre a importância de a segurança viária ser tratada como um problema de saúde pública. Os óbitos no trânsito correspondem, hoje, à oitava maior causa de morte no mundo e ao principal motivo de pessoas de cinco a 29 anos perderem a vida.