Recife, 15 de agosto de 2025 – O representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, Cristian Morales, participou nesta sexta-feira (15/8) do lançamento da iniciativa de implementação do teste de biologia molecular DNA-HPV no Sistema Único de Saúde (SUS). O evento foi realizado pelo Ministério da Saúde do país no Recife, capital do estado de Pernambuco. Esse método faz parte da estratégia de eliminação do câncer do colo do útero, com a reorientação da linha do cuidado a partir de um rastreamento organizado.
Cristian Morales afirmou que a iniciativa é importante para o Brasil e todos os países da Região das Américas. “Estamos vendo como colocar as tecnologias apropriadas no primeiro nível de atenção, como podemos elevar as coberturas vacinais e detectar mais rapidamente os cânceres e tratá-los para salvar vidas”, enfatizou.
Essa tecnologia é capaz de detectar 14 genótipos do papilomavírus humano (HPV), identificando o vírus no organismo antes do desenvolvimento de lesões ou cânceres em estágios iniciais.
O ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, celebrou a disponibilização do teste de biologia molecular DNA-HPV. “A partir de hoje, estamos implementando essa nova forma de diagnóstico e prevenção do câncer do colo do útero em 12 estados brasileiros. Estamos aproveitando a infraestrutura criada durante a pandemia para os testes de biologia molecular. Essa estrutura agora será utilizada para o diagnóstico do HPV, permitindo reduzir o tempo de espera e iniciar o tratamento o mais rápido possível”, ressaltou.
A implementação do teste foi viabilizada pelas Diretrizes Brasileiras de Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, coordenada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) com a participação de especialistas de cinco secretarias do Ministério da Saúde, da OPAS e de outras 37 instituições de todas as regiões do país.
Estratégia de eliminação do câncer de colo do útero
A Estratégia Global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para eliminação do câncer de colo do útero está orientada a partir de três pilares: vacinação, rastreamento e tratamento. Para alcançar as metas estabelecidas, é necessário garantir até 2030 que 90% das meninas estejam vacinadas contra o HPV até os 15 anos; que 70% das mulheres sejam submetidas ao rastreamento organizado aos 35 e 45 anos com o teste de HPV; e que 90% das mulheres diagnosticadas com lesões precoces ou câncer invasivo tenham acesso ao tratamento oportuno.
