Chefes de Estado se comprometem a liderar a resposta para combater doenças crônicas não transmissíveis e promover saúde mental

27 de setembro de 2018 – Chefes de Estado e de governo se comprometeram nesta quinta-feira (27) a adotar 13 novas medidas para combater doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), entre elas câncer, enfermidades cardiovasculares e pulmonares, acidentes vasculares cerebrais e diabetes, bem como para promover a saúde mental e o bem-estar.

"Hoje os líderes mundiais deram uma série de passos importantes para combater as doenças crônicas não transmissíveis", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS). "Isso se soma a uma oportunidade histórica de promover a saúde, salvar vidas e desenvolver economias".

Os líderes mundiais concordaram em assumir responsabilidade pelos esforços de seus países para prevenir e tratar as DCNT. Também concordaram que esse empenho dever incluir leis robustas e medidas fiscais para proteger as pessoas do tabaco, de alimentos não saudáveis e outros produtos nocivos, restringindo, por exemplo, a propaganda de álcool, proibindo o fumo e taxando as bebidas açucaradas.

Os chefes de Estado se comprometeram a implementar uma série de políticas recomendadas pela OMS para prevenir e controlar as DCNT – como educação pública e campanhas de conscientização para promover estilos de vida mais saudáveis, vacina contra o vírus HPV para proteger contra o câncer do colo do útero e tratamento de hipertensão e diabetes. A Organização estima que a implementação de todas essas políticas poderia gerar US$ 350 bilhões em crescimento econômico em países de baixa e média baixa renda até 2030.

Outros compromissos específicos são deter o aumento da obesidade infantil, promovendo atividade física regular; reduzir a poluição do ar; e melhorar a saúde mental e o bem-estar das populações.

A declaração política reafirma a liderança global da OMS na luta para combater as DCNT e promover a saúde mental e insta a Organização a continuar trabalhando em estreita colaboração com os principais parceiros, incluindo os governos, a sociedade civil e o setor privado. Ela apela, em particular, aos fabricantes de alimentos para que tomem várias medidas, como a reformulação de produtos para reduzir o sal, açúcares livres e gorduras trans saturadas e produzidas industrialmente, usando rotulagem nutricional em alimentos embalados para informar os consumidores e restringindo a comercialização de alimentos e bebidas não saudáveis para crianças.

Perfis de países da OMS relatam declínio no risco de morte prematura por DCNT

A OMS também lançou seu terceiro relatório com o perfil de países em relação às doenças crônicas não transmissíveis, com o objetivo de avaliar o progresso nacional no cumprimento de metas para prevenir e controlar essas enfermidades. O relatório constatou que o risco de morte prematura por uma das quatro principais DCNT caiu para 18% em 2016, uma redução relativa de 5% em relação a 2010. Mas é improvável que a taxa de progresso atinja a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de redução de um terço das mortes prematuras por DCNT até 2030. O relatório também constatou que ainda há lacunas significativas nos serviços de saúde e no acesso a medicamentos e tecnologias para o manejo dessas doenças.