Líderes mundiais se unem em chamado urgente por tratado internacional na pandemia

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Vinte e cinco chefes de governo e agências internacionais se reúnem em uma convocação conjunta extraordinária. Novo tratado sinalizaria ação política de alto nível necessária para proteger o mundo de futuras crises de saúde

Genebra, 30 de março de 2021 (OMS) – A comunidade internacional deve trabalhar em conjunto “para um novo tratado internacional de preparação e resposta à pandemia” para construir uma arquitetura de saúde global mais robusta que protegerá as gerações futuras, declararam líderes mundiais em um comentário publicado nesta terça-feira (30) em vários jornais ao redor do mundo.

“Haverá outras pandemias e outras grandes emergências de saúde. Nenhum governo ou agência multilateral pode enfrentar essa ameaça sozinho”, afirmam os líderes em seu artigo.

A questão não é se, mas quando. Juntos, devemos estar mais bem preparados para prever, prevenir, detectar, avaliar e responder com eficácia às pandemias de uma forma altamente coordenada. A pandemia de COVID-19 tem sido um lembrete gritante e doloroso de que ninguém está seguro até que todos estejam seguros.”

O principal objetivo do novo tratado internacional para preparação e resposta a pandemias seria promover uma abordagem integrada e multissetorial para fortalecer as capacidades nacionais, regionais e mundiais e a resiliência a futuras pandemias. Esta é uma oportunidade para o mundo se unir como uma comunidade global para uma cooperação pacífica que se estende além desta crise.

De acordo com o comentário publicado, o tratado “teria suas raízes na constituição da Organização Mundial da Saúde, atraindo outras organizações relevantes chave para esse esforço, em apoio ao princípio da saúde para todos. Os instrumentos de saúde globais existentes, especialmente o Regulamento Sanitário Internacional, apoiariam tal tratado, garantindo uma base sólida e testada sobre a qual podemos construir e melhorar.”

O comentário foi assinado por J. V. Bainimarama, primeiro-ministro de Fiji; Prayut Chan-o-cha, primeiro-ministro da Tailândia; António Luís Santos da Costa, primeiro-ministro de Portugal; Mario Draghi, primeiro-ministro da Itália; Klaus Iohannis, presidente da Romênia; Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido; Paul Kagame, presidente de Ruanda; Uhuru Kenyatta, presidente do Quênia; Emmanuel Macron, presidente da França; Angela Merkel, chanceler da Alemanha; Charles Michel, presidente do Conselho Europeu; Kyriakos Mitsotakis, primeiro-ministro da Grécia; Moon Jae-in, presidente da República da Coréia; Sebastián Piñera, presidente do Chile; Carlos Alvarado Quesada, presidente da Costa Rica; Edi Rama, primeiro-ministro da Albânia; Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul; Keith Rowley, primeiro-ministro de Trinidad e Tobago; Mark Rutte, primeiro-ministro da Holanda; Kais Saied, presidente da Tunísia; Macky Sall, presidente do Senegal; Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha; Erna Solberg, primeira-ministra da Noruega; Aleksandar Vučić, presidente da Sérvia; Joko Widodo, presidente da Indonésia; Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia; e Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde.