OPAS pede aos países que continuem os testes para detectar a COVID-19 e aumentem a vacinação para evitar que a pandemia se prolongue

Teste para a Covid-19

Washington, DC, 30 de setembro de 2022 (OPAS) – Em uma atualização sobre a situação da COVID-19, apresentada na 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana, o diretor de Emergências Sanitárias da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Ciro Ugarte, disse que "estamos passando de uma resposta pandêmica aguda para um controle sustentado do vírus".

Desde o surgimento do vírus SARS-CoV-2 até 17 de setembro, a região das Américas relatou mais de 177 milhões de casos e 2,8 milhões de mortes, 29,1% e 43%, respectivamente, do total global. Nos últimos 14 dias, os casos aumentaram em 0,7% e as mortes em 0,3%.

Com relação ao futuro da pandemia, Ugarte disse que o pior cenário, "particularmente se não fizermos a triagem e aumentarmos a cobertura vacinal", é aquele em que possa surgir uma nova variante mais letal e altamente transmissível contra a qual as vacinas sejam menos eficazes, prolongando a pandemia.

"Estamos em uma longa jornada nestes últimos 33 meses", disse ele, enfatizando que o caminho a ser seguido exige sistemas e serviços de saúde preparados e resilientes, com forte vigilância epidemiológica e expansão dos programas de vacinação. “A experiência da COVID-19 nos mostrou que os países precisam de procedimentos de emergência atualizados, medidas de saúde pública flexíveis e redes de logística para garantir a rápida mobilização de pessoas e de suprimentos”.

Durante a sua apresentação, Ugarte detalhou a cooperação técnica proporcionada pela OPAS e as realizações alcançadas. Ele também destacou as ações de inteligência epidemiológica, bem como o fortalecimento e a expansão da detecção molecular nos laboratórios da região, que permitiram rastrear o vírus e suas variantes, e aconselhar sobre políticas para combatê-lo.

O diretor de Emergências de Saúde da OPAS também destacou o progresso e os desafios da vacinação na região: quase 2 bilhões de doses de vacinas para COVID-19 foram administradas nas Américas, das quais 150,8 milhões foram entregues por meio do Fundo Rotativo da OPAS para 33 países, muitos deles por meio de doações.

Embora quase 70% das pessoas estejam totalmente vacinadas na América Latina e no Caribe, Ugarte expressou preocupação de que "as médias escondem a situação real em alguns países onde a cobertura permanece baixa", algo que coloca a região em risco de novas ondas e o surgimento de novas variantes.

De sua reserva estratégica no Panamá, a OPAS gerenciou 227 carregamentos de suprimentos de saúde para 35 países e territórios da região com testes diagnósticos, equipamentos de proteção pessoal e medicamentos.

A OPAS também promoveu workshops, formulou diretrizes e missões técnicas para fortalecer as capacidades de resposta dos países no primeiro nível de atendimento, gerenciamento clínico, uso racional e sustentável do oxigênio, prevenção e controle de infecções, comunicação de risco, entre outros.