OPAS apresenta relatórios por país de 2024, destacando resultados concretos da cooperação técnica em saúde nas Américas

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Washington, D.C., 6 de agosto de 2025 (OPAS) – A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apresentou os relatórios anuais por país de 2024, que reúnem os principais resultados da cooperação técnica realizada em colaboração com os governos e parceiros estratégicos das Américas. Esses documentos destacam resultados concretos, histórias inspiradoras do campo e o impacto de uma cooperação técnica adaptada às necessidades de cada país.

“Esses relatórios mostram nossa colaboração com os Estados Membros para enfrentar desafios comuns e promover o acesso equitativo à saúde”, afirmou o Jarbas Barbosa, diretor da OPAS. “A Organização está comprometida com uma cooperação técnica impactante, transformadora e centrada nos países, adaptada às prioridades, necessidades e capacidades de cada um para enfrentar riscos à saúde e fortalecer os sistemas de saúde”, acrescentou.

Em 2024, os países da Região alcançaram avanços importantes em áreas chave: eliminação de doenças; melhoria da atenção às doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) por meio da ampliação dos serviços integrais na atenção primária à saúde; acesso oportuno e transparente a insumos médicos de qualidade e a preços acessíveis por meio dos Fundos Rotatórios Regionais; aceleração da transformação digital na saúde; e redução da mortalidade materna por meio da iniciativa Zero Morte Materna.

Destaques da Região

  • Argentina, com o apoio da OPAS, avançou em um projeto de transferência de tecnologia para vacinas de mRNA, contribuindo para a soberania sanitária regional e facilitando o acesso às vacinas por meio do Fundo Rotatório da Organização.
  • Antígua e Barbuda, Barbados, Dominica, Granada, São Cristóvão e Nevis, e São Vicente e Granadinas avançaram na integração da saúde mental à atenção primária, por meio de uma abordagem multissetorial.
  • Belize, Jamaica e São Vicente e Granadinas receberam certificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) pela eliminação da transmissão vertical (de mãe para filho) do HIV e da sífilis.
  • Brasil alcançou marcos históricos ao receber a certificação de eliminação da filariose linfática como problema de saúde pública; certificar três estados e 60 municípios pela eliminação da transmissão vertical do HIV, sífilis e/ou hepatite B; e ser recertificado como livre do sarampo, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita — marcando a recuperação desse status para toda a Região das Américas.
  • Honduras alcançou uma redução histórica de mais de 27% na mortalidade materna em oito regiões prioritárias, por meio de uma abordagem integrada de serviços que fortaleceu a resposta a emergências obstétricas e salvou vidas.
  • México fortaleceu seu primeiro nível de atenção às doenças crônicas não transmissíveis ao expandir a estratégia HEARTS para nove estados e unidades do Instituto Mexicano de Seguridade Social, combinando protocolos clínicos padronizados com capacitação especializada no manejo da hipertensão e do diabetes.

Reflexo de compromisso e ação

Assim como o Relatório Anual de 2024 da OPAS – Avançando na área da saúde
para promover a segurança regional, apresentado em maio, esses relatórios mostram como as estratégias regionais se traduzem em resultados concretos no nível local. Da vigilância epidemiológica à produção de vacinas, a OPAS atua para construir sistemas de saúde mais equitativos e resilientes, capazes de responder às necessidades da população, bem como a emergências e desastres.

Os relatórios não são apenas uma ferramenta de prestação de contas, mas também um chamado à ação para fomentar o diálogo, mobilizar recursos e demonstrar o impacto da colaboração entre governos, agências multilaterais, organizações da sociedade civil e outros atores-chave.

Com 27 escritórios de país, dois centros especializados e presença em 35 Estados Membros e quatro Membros Associados, a OPAS — fundada em 1902 — é a mais antiga agência internacional de saúde pública do mundo. É o organismo especializado em saúde do Sistema Interamericano (OEA) e atua, desde 1949, como Escritório Regional da OMS para as Américas.