
Washington D.C., 23 de junho de 2025 (OPAS) – O Comitê Executivo da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), um dos órgãos diretores da instituição, iniciou nesta segunda-feira (23) sua 176ª sessão em Washington D.C., Estados Unidos, com o objetivo de discutir temas prioritários para melhorar a saúde nas Américas.
Entre os destaques da agenda estão o Projeto de Plano de Estratégico da OPAS 2026-2031, o Projeto de Orçamento por Programas 2026-2027, a Política para ampliar o acesso equitativo a tecnologias de saúde de alto custo, o Plano de Ação sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) 2025-2030 e a Estratégia sobre Saúde e Migração 2026-2031.
O diretor da OPAS, Jarbas Barbosa, abriu a sessão destacando a importância deste espaço como uma oportunidade fundamental para fortalecer a cooperação regional. "Esta reunião do Comitê Executivo proporciona uma plataforma valiosa para moldar a abordagem da Organização para enfrentar os desafios e, em última instância, melhorar os resultados de saúde em toda a região", afirmou.
Em seu discurso, Barbosa sublinhou os atuais desafios enfrentados pela região. “A OPAS tem trabalhado diligentemente para continuar protegendo as Américas. Há uma necessidade urgente de aumentar a cobertura vacinal devido ao alto risco de doenças imunopreveníveis”, observou.
O diretor da OPAS também destacou a importância de avançar no controle de surtos como febre amarela, H5N1, sarampo e dengue, e de melhorar os indicadores de saúde materna, neonatal e infantil, assim como atenção a doenças crônicas não transmissíveis, incluindo condições de saúde mental.
Um dos temas centrais é o Projeto de Plano Estratégico 2026-2031, que propõe uma abordagem mais integrada, ágil e focada nas prioridades nos países. “Conto com sua liderança, experiência e colaboração contínuas para finalizar o Plano, e reitero o compromisso da Secretaria em continuar facilitando sua participação e o diálogo, construindo juntos e implementando as lições aprendidas e as inovações”, disse Barbosa.
Outro ponto levantado é a Política para ampliar o acesso equitativo a tecnologias em saúde de alto custo e alto preço, que busca enfrentar os desafios relacionados à disponibilidade de tratamentos como insulina, terapias contra o câncer e medicamentos para doenças raras. "Todos os países, tanto os em desenvolvimento quanto os desenvolvidos, enfrentam desafios relacionados aos preços e à disponibilidade dessas tecnologias", enfatizou o diretor da OPAS.
O Comitê também abordará o Plano de ação sobre doenças crônicas não transmissíveis 2025-2030, com o objetivo de apoiar os países na aceleração das ações para atingir a meta 3.4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que busca reduzir a mortalidade prematura por DCNT em um terço até 2030. Também será apresentada a nova Estratégia de Saúde e Migração 2026-2031, orientada a responder aos desafios de saúde decorrentes do aumento dos fluxos migratórios na região.
Em um chamado regional e global, Barbosa pediu aos países das Américas que trabalhem juntos sob o princípio do panamericanismo. "A força do panamericanismo é tão poderosa hoje quanto era há mais de um século, e acredito que seja uma das chaves para construir um futuro mais brilhante e saudável para nossa região", afirmou.
O diretor da OPAS concluiu suas observações reafirmando o compromisso da Organização com a equidade em saúde. "Acima de tudo, o panamericanismo reflete nosso compromisso inabalável com a equidade em saúde. Devemos ser incansáveis em nossa busca pela cobertura universal de saúde para garantir que cada pessoa, família e comunidade nas Américas tenha uma oportunidade equitativa de viver uma vida saudável", concluiu.
O Comitê Executivo é composto por representantes de nove Estados Membros, com mandatos escalonados de três anos. Atualmente, inclui Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Guiana, Estados Unidos e Uruguai. Suas deliberações desta semana embasarão as propostas que serão consideradas por todos os países membros durante a reunião do Conselho Diretor em setembro.