Chefes de Estado se comprometem com Pacto Global de Doenças Não Transmissíveis para salvar 50 milhões de vidas até 2030

Mearuring patient's blood pressure
  • Michael R. Bloomberg renomeado como Embaixador Global da OMS para Doenças e Lesões Não Transmissíveis
  • Nova pesquisa Gallup indica forte apoio global às políticas descritas no relatório da OMS para combater a crescente carga de doenças não transmissíveis na saúde pública

Genebra / Nova York, 21 de setembro de 2022 – Hoje, Dr Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), lançou um novo relatório chamando os líderes globais para tomarem medidas urgentes sobre Doenças Não Transmissíveis (DNTs), responsáveis por 17 milhões de mortes prematuras todos os anos.

Para acelerar a ação, Dr. Tedros renovou a nomeação de dois anos de Michael R. Bloomberg como Embaixador Global da OMS para Doenças e Lesões não Transmissíveis. Essa é a terceira recondução de Bloomberg como embaixador, nomeado para o cargo pela primeira vez em 2016.

O anúncio veio na primeira reunião anual de um grupo de Chefes de Estado e de Governo para a prevenção de DNTs, liderado pelo presidente de Gana e pelo primeiro-ministro da Noruega [1], realizado durante a 77ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (UNGA). Dando continuidade ao lançamento de um Pacto Global sobre DNTs, no início deste ano, por Gana e Noruega.

Para marcar a ocasião, a OMS divulgou um novo relatório: “Números invisíveis: a verdadeira escala das doenças não transmissíveis”, e um portal de dados que, pela primeira vez, reúne todos os dados da OMS relacionados à DNTs para 194 países. O relatório e o portal destacam a extensão da carga global de DNTs, fatores de risco e o progresso de cada país para combater essas doenças e condições.

A cada dois segundos, alguém com menos de 70 anos, em algum lugar do mundo, morre de uma DNT. Doenças não transmissíveis como as cardíacas, câncer, diabetes e doenças pulmonares superam as doenças infecciosas como as principais causas de morte em todo o mundo.

“Este relatório é um lembrete da verdadeira escala da ameaça representada pelas DNTs e seus fatores de risco”, disse o Dr. Tedros. “Existem intervenções de DNTs com boa relação custo-benefício e aplicáveis ​​globalmente que todos os países, independentemente do seu nível de renda, podem e devem usar e se beneficiar – salvando vidas e economizando dinheiro -. Agradeço ao presidente Afuko-Addo, ao primeiro-ministro Støre e a Michael Bloomberg por sua liderança e visão ao abordar este importante problema de saúde global”.

A recondução de Bloomberg ocorre em um momento crítico para a saúde pública. Durante a pandemia de COVID-19, as pessoas que vivem com DNTs enfrentaram resultados piores do que aquelas sem. Hoje, a Gallup divulgou uma nova pesquisa, encomendada pela OMS e pela Bloomberg Philanthropies, que apontou que a maioria dos entrevistados nos cinco países pesquisados - Colômbia, Índia, Jordânia, Tanzânia e Estados Unidos – classificaram as DNTs, ou o fator de risco para DNTs, como o maior problema de saúde em seus países.

A conscientização do público sobre as relações entre as DNTs e seus fatores de risco, como o consumo de tabaco e álcool, dietas pouco saudáveis ​​e falta de atividade física, é baixa. No entanto, a maioria das pessoas pesquisadas em todos os países apoia intervenções e políticas comprovadas para reduzir as mortes por DNTs, como incorporar mais espaços verdes nos projetos de saúde urbana e aumentar os impostos sobre o tabaco.

“À medida em que continuamos a responder a essa pandemia e nos preparamos para a próxima, percebemos a importância de abordar um importante fator de risco nas hospitalizações e mortes por COVID-19: as doenças não transmissíveis”, disse Michael R. Bloomberg, fundador da Bloomberg Philanthropies e Embaixador Global da OMS para Doenças e Lesões Não Transmissíveis. “Doenças não transmissíveis, como as cardiovasculares, diabetes, doenças pulmonares crônicas e câncer são os maiores assassinos silenciosos do mundo e muitas vezes podem ser prevenidas com investimento em intervenções comprovadas e econômicas. Estou ansioso para continuar a fazer investimentos que salvam vidas em DNTs e prevenção de lesões ao lado do Dr. Tedros e da OMS.”

Como Embaixador Global da OMS, Bloomberg continuará apoiando os esforços globais, nacionais e locais para proteger as pessoas de DNTs e lesões. Este trabalho também avança a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 3.4), da ONU, para 2030, de reduzir o número global de mortes por DNTs em um terço, por meio de políticas e programas de alto impacto em nível populacional implementados em cidades de todo o mundo.

As DNTs causam quase três quartos das mortes em todo o mundo. Todos os anos, 17 milhões de pessoas com menos de 70 anos morrem de DNTs, 86% delas vivem em países de baixa e média renda. A pandemia de COVID-19 exacerbou ainda mais a carga de DNTs ao atrasar e interromper os cuidados e, nos primeiros meses da pandemia 75% dos países relataram interrupção nos serviços essenciais de DNTs devido a restrições de bloqueio e canalização de recursos.

Embora todos os Estados Membros das Nações Unidas tenham se comprometido a reduzir a morte prematura por DNTs em um terço até 2030 – um esforço que pode salvar milhões de vidas – poucos países estão atualmente no caminho certo para alcançá-lo. Esforços globais urgentes são necessários para retomar o caminho para alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e reduzir as mortes prematuras por DNTs.

[1] O Grupo de Chefes de Estado e de Governo lançou um Pacto Global sobre DNTs em abril de 2022 em Accra, Gana, no Diálogo Estratégico Internacional sobre DNTs.


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