OPAS lança kit de ferramentas para melhorar o gerenciamento do risco cardiovascular e da hipertensão nas Américas

Monitor de pressão arterial

Na região, cerca de um terço das pessoas com hipertensão tem a doença sob controle

Washington, DC, 31 de janeiro de 2024 (OPAS) - A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) publicou recentemente o HEARTS in the Americas: Compendium of essential clinical tools 2023, uma coleção de recursos destinados a ajudar as equipes de saúde a melhorar o gerenciamento de condições de risco cardiovascular e hipertensão em ambientes de atenção primária à saúde em toda a região.

A publicação oferece ferramentas para facilitar a medição precisa da pressão arterial, o diagnóstico da hipertensão, o início ou o ajuste do tratamento, bem como a avaliação de complicações cardiovasculares. As ferramentas foram projetadas para serem fáceis de usar e entender e estão disponíveis em inglês e espanhol.

A hipertensão é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, a principal causa de morte nas Américas, de acordo com dados da OPAS. Atualmente, estima-se que apenas 36% dos adultos com hipertensão na região têm sua pressão arterial sob controle. Aumentar esse número para 50% poderia ajudar a evitar cerca de 400 mil mortes relacionadas a doenças isquêmicas do coração e cerebrovasculares.

“O manejo eficaz da hipertensão e do risco cardiovascular é fundamental para prevenir ou retardar problemas graves de saúde, incluindo mortes prematuras por ataques cardíacos, derrames, doença renal crônica, complicações decorrentes de diabetes e demência”, disse Pedro Ordúñez, conselheiro de doenças cardiovasculares da OPAS. “Esta publicação é uma ferramenta valiosa que pode capacitar as equipes de saúde para melhorar o controle da hipertensão e salvar vidas”, acrescentou.

O compêndio faz parte da implementação da iniciativa HEARTS nas Américas, uma estratégia global da Organização Mundial da Saúde (OMS). A OPAS vem promovendo essa estratégia na região desde 2016 para ajudar os países a melhorar a saúde cardiovascular. Até o momento, 33 países da região e mais de 4 mil unidades de saúde primária se comprometeram com a implementação da HEARTS, e a OPAS desenvolveu vários recursos técnicos para apoiar esses esforços.

Um artigo de revisão do "HEARTS in the Americas", publicado em dezembro na revista Current Hypertension Reports, ressalta o papel dos sistemas de saúde - especialmente da atenção primária - na melhoria da saúde cardiovascular e do controle da hipertensão. A análise destaca os resultados animadores da implementação do HEARTS, demonstrando um aumento na cobertura do controle da hipertensão em comparação com os métodos convencionais. O artigo conclui que o HEARTS é uma iniciativa promissora com potencial para aliviar o ônus das doenças não transmissíveis na região.